28 de janeiro de 2012
Agradecido por isso existir
Poema de Augusto dos Anjos de seu único livro publicado em vida, "Eu" de 1912.
Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
4 de janeiro de 2012
sentado a espera do alvorecer
arvoredo cocriado
estranho modo escaciado
o vício escrito que se procria
atendendo aos desejos do criador soslaio
situado na ponta do trovão castigado
ao alvo do destino se destina a situação
desejando o alvo situamos insinuação
e a ponta do trovão se desvai num clarão
desconsiderando a ausência de ar
todos os fatores tendem a se alterar
a perfeição começa a se conciliar
água morta, água viva, nada sem vida
em consciência leva sua determinação
determinada água viva extinguida
estranho modo escaciado
o vício escrito que se procria
atendendo aos desejos do criador soslaio
situado na ponta do trovão castigado
ao alvo do destino se destina a situação
desejando o alvo situamos insinuação
e a ponta do trovão se desvai num clarão
desconsiderando a ausência de ar
todos os fatores tendem a se alterar
a perfeição começa a se conciliar
água morta, água viva, nada sem vida
em consciência leva sua determinação
determinada água viva extinguida
16 de dezembro de 2011
desanimado
facínora escaciado
fim de todo contato mórbido
concordando a triste fins
triste afins, estranhos votos
quase mortos que caminham
no alto sol do meio dia
fascinando toda forma de poder
e mais-valia
quanto mais vão para fora
mais longe tentam escapar
com sorriso mórbido embora
gotejando já começa
a sonolência vai embora
no silêncio e sem dormir
toda dor vai sem demora
fim de todo contato mórbido
concordando a triste fins
triste afins, estranhos votos
quase mortos que caminham
no alto sol do meio dia
fascinando toda forma de poder
e mais-valia
quanto mais vão para fora
mais longe tentam escapar
com sorriso mórbido embora
gotejando já começa
a sonolência vai embora
no silêncio e sem dormir
toda dor vai sem demora
30 de outubro de 2011
Falaciado
Adquirindo medo nos salvamos
Com veemência procastinamos os direitos concedidos em plena vida
Retorificando a retificando voltamos ao ponto de partida
A voar se encontra o pensamento agora
A distância o deixa angustiado
A falácia o move em ambiente delgado
E prisão de vidro lhe parece menor que foi um dia, ao passado
Fascinado triste voa com grandezas em plena constante
Experienciando o valor ignorado dos cantos vistos de outra moda
Postura desfalada, agudez escancarada
Ao disposto ao oposto se contradiz ao que está exposto
Com veemência procastinamos os direitos concedidos em plena vida
Retorificando a retificando voltamos ao ponto de partida
A voar se encontra o pensamento agora
A distância o deixa angustiado
A falácia o move em ambiente delgado
E prisão de vidro lhe parece menor que foi um dia, ao passado
Fascinado triste voa com grandezas em plena constante
Experienciando o valor ignorado dos cantos vistos de outra moda
Postura desfalada, agudez escancarada
Ao disposto ao oposto se contradiz ao que está exposto
3 de outubro de 2011
Difteria
Ranhuras na parede de meu quarto
Das rachaduras escorre veneno criado a plena disposição
E a todos um pouco para servir de sangue
Como forma de desnutrição
Formando com plenas palavras a toda disposição
Diálogos escancarados com a mente disposta de compreensão
Ansiado destino para com que todos devemos vir de ter
Uma mente insensata a todo vapor com que se deseja parecer
Liberdade procriada como desculpa de criação
Segurança assegurada por meios de pura destruição
E todos que falam do sono
Uma desculpa aos que a vida desejam um fim de escravidão
Das rachaduras escorre veneno criado a plena disposição
E a todos um pouco para servir de sangue
Como forma de desnutrição
Formando com plenas palavras a toda disposição
Diálogos escancarados com a mente disposta de compreensão
Ansiado destino para com que todos devemos vir de ter
Uma mente insensata a todo vapor com que se deseja parecer
Liberdade procriada como desculpa de criação
Segurança assegurada por meios de pura destruição
E todos que falam do sono
Uma desculpa aos que a vida desejam um fim de escravidão
18 de julho de 2011
Controle
Controle de relação
Estranhando dons
Escória de traição
Realizando seus sons
Fome de quase nada em contradição
Ao frio do inverno
Conformação de quase tudo
Em plena ausência de alvo paterno
Gónodas de criação
A espera de sangue materno
Entregando a luz do sol
A verde glória do posto de junho
Para os filhos do novo dia
Suas dores esperam caladas
Para a faceira vista de frente
Adistrigência sofre em sombra da estrada
Estranhando dons
Escória de traição
Realizando seus sons
Fome de quase nada em contradição
Ao frio do inverno
Conformação de quase tudo
Em plena ausência de alvo paterno
Gónodas de criação
A espera de sangue materno
Entregando a luz do sol
A verde glória do posto de junho
Para os filhos do novo dia
Suas dores esperam caladas
Para a faceira vista de frente
Adistrigência sofre em sombra da estrada
16 de julho de 2011
Inanição
Desgarrada dor semelha a criação de abstinência
Formidante sentimento de ausência de consequência
Corvejante dissemia que na constante misantropia
Assemelha a todos os gostos a ausência de sintonia
Desejas, almejas, gracejas e desdenhas a carne de criação
Com falácia perdes para ti mesmo no reflexo da distração
Flamejando crias distante aspecto de seleção
E a todo momento pedes a ti mesmo um pouco tempo para avaliação
Retórica disseminada para constante forma de poder
Na impressão da triste figura vidente forma de se perder
A partir da dor do laço dos cabelos que vem ao chão no vento
Formas figuras aladas com beleza, fome e alento
Formidante sentimento de ausência de consequência
Corvejante dissemia que na constante misantropia
Assemelha a todos os gostos a ausência de sintonia
Desejas, almejas, gracejas e desdenhas a carne de criação
Com falácia perdes para ti mesmo no reflexo da distração
Flamejando crias distante aspecto de seleção
E a todo momento pedes a ti mesmo um pouco tempo para avaliação
Retórica disseminada para constante forma de poder
Na impressão da triste figura vidente forma de se perder
A partir da dor do laço dos cabelos que vem ao chão no vento
Formas figuras aladas com beleza, fome e alento
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