18 de julho de 2011

Controle

Controle de relação
Estranhando dons
Escória de traição
Realizando seus sons

Fome de quase nada em contradição
Ao frio do inverno
Conformação de quase tudo
Em plena ausência de alvo paterno

Gónodas de criação
A espera de sangue materno
Entregando a luz do sol
A verde glória do posto de junho

Para os filhos do novo dia
Suas dores esperam caladas
Para a faceira vista de frente
Adistrigência sofre em sombra da estrada

16 de julho de 2011

Inanição

Desgarrada dor semelha a criação de abstinência
Formidante sentimento de ausência de consequência
Corvejante dissemia que na constante misantropia
Assemelha a todos os gostos a ausência de sintonia

Desejas, almejas, gracejas e desdenhas a carne de criação
Com falácia perdes para ti mesmo no reflexo da distração
Flamejando crias distante aspecto de seleção
E a todo momento pedes a ti mesmo um pouco tempo para avaliação

Retórica disseminada para constante forma de poder
Na impressão da triste figura vidente forma de se perder
A partir da dor do laço dos cabelos que vem ao chão no vento
Formas figuras aladas com beleza, fome e alento

6 de julho de 2011

I

Análise: para que o ser vivente tenha como a utilização da análise como forma de distinguir as coisas e fatos procedente de sua existência, o mesmo necessita de formas de percepção e de mecanismos capazes de visão "pelo lado de fora". Percepção está sujeita a variação de ser para ser, e de organismo para um outro. Com está não é possível se criar um conceito unificado e válido para com todos os seres capazes de percepção.

No dia de nascimento temos para o mundo um olhar a deveras estimulado a buscar formas de descobrimento, um olhar novo, até mesmo com olhos novos, mas estes que um dia são novos com o decorrer dos anos tem por tendencia se desgastar, se desestimular e consequentemente um estado de inanição mental.

A existência que nos cerca tem como tendencia nos levar a busca, levar a tentativa de encontro e a frustração do inencontrável. Levar-nos também a questão de utilidade que nos é condicionada desde o inicio da existência.

5 de julho de 2011

Lapsus Die

Feroz destruidor das madrugadas canta agora:
Fala para teus pais que a hora de ir pra cama já foi embora!
Fala para teus dias que estes estão começando!
Gritas a todo custo que eu falo como se estivesse cantando!

Retilíneo martírio que recebemos em caminho
Ligamos, desligamos, acendemos e sentimos
Inverossímil patrimônio você é para comigo
Lança a dança do destino e deixas de ser quem tu és!

Anéis de crianção, de laço e nó de vento
Com languidez correr ao relento
Ao som da luz que te suporta
Ao mato azul que te deixa torta
Ao santo dia do início da tua vida
Dás valor a deveras não importa

Malthusiano é o olhar que crias para a nova idade
Desnaturas, saturas e morrer com verossidade
O pêndulo desse e sobe, desse e sobe
Ele está em baixo e encima para a eternidade
Será que isso aspira felicidade?

Vozes cantam para mim, o que receio em expressar
Tentando tirar proveito do meu ser, falo ao pensar
Em constante frustração vejo o dia de auto-matar
O infindável fim de vida é a busca do ser a pensar