30 de dezembro de 2010

Desnaturado

Olhos azuis estão a me cercar
Não sei por onde ir entre tanta indiferença
Esperanças falecida em trono desleal
Estendem seus braços de amor, em pranto irreal

Medo do escuro, onde crianças choram ao se deparar
Com a fraqueza de seus olhos
A instantes por falhar
Até ver o todo desfigurado, desnaturado

Ao sol que nasce dedico minha alma
A noite que o vence dedico meu corpo
A vida que me deixa dedico minhas lembranças
Ao todo que se aproxima nada posso dedicar.

13 de dezembro de 2010

Auto-breve

Auto-Breve

Noite escura, sol jazido a luar de velas
O Outro lado é interessante para brincar
Com homens seus sentimentos e demasias
Comprovam as fixações axiomaníacas

Destino Traçado no fogo da noite
Fumaça em bruma suave cansa pulmões castigados
Paradoxais do indomável sentimento de vidência
Secção meu instinto de criar

Outro beijo poderia me congelar no calor da noite?
Meu amor cansado de tentar, decidiu por justa causa
O direito de auto-matar

As ondas estão fluindo, você pode sentir?
Como poderia, pois, as ondas estão ali e não aqui
Olhe para onde as coisas são reais
Olhe com novos olhos de vidro-prata