4 de maio de 2011

Mortuário

Na distância da vida desvivida
Com relutância iria vir a perder
O compasso inconstante, triste recaída
A cessar o sopro de descrever

Demasiadas formas de retratar
Com ânsia e glória distringente
Na memória, sombras de toda uma vida
No caminho um fim é a única saída

Amarguras, glória, marasmo
Felicidade, tristeza a vir de ter
No sentido ânsiado e sentido
O significado esperado pode ser descartado

Uma chuva recebemos durante o caminho
Protelamos, procastinamos e desimportamos
Toda torrente decorrente vem a ceder
Uma gota é tudo esperado quando
Todas as luzes se apagam
Quando o fim é a única saída
A morte nos abraça com ternura

Ternura, bravura, gerando toda amargura
A dor da simples vida
Tem um remédio infiel
A ânsia nos devora
E o acaso nos torna réu

Nenhum comentário:

Postar um comentário