16 de dezembro de 2011

desanimado

facínora escaciado
fim de todo contato mórbido
concordando a triste fins
triste afins, estranhos votos

quase mortos que caminham
no alto sol do meio dia
fascinando toda forma de poder
e mais-valia

quanto mais vão para fora
mais longe tentam escapar
com sorriso mórbido embora

gotejando já começa
a sonolência vai embora
no silêncio e sem dormir
toda dor vai sem demora

30 de outubro de 2011

Falaciado

Adquirindo medo nos salvamos
Com veemência procastinamos os direitos concedidos em plena vida
Retorificando a retificando voltamos ao ponto de partida

A voar se encontra o pensamento agora
A distância o deixa angustiado
A falácia o move em ambiente delgado
E prisão de vidro lhe parece menor que foi um dia, ao passado

Fascinado triste voa com grandezas em plena constante
Experienciando o valor ignorado dos cantos vistos de outra moda
Postura desfalada, agudez escancarada
Ao disposto ao oposto se contradiz ao que está exposto

3 de outubro de 2011

Difteria

Ranhuras na parede de meu quarto
Das rachaduras escorre veneno criado a plena disposição
E a todos um pouco para servir de sangue
Como forma de desnutrição

Formando com plenas palavras a toda disposição
Diálogos escancarados com a mente disposta de compreensão
Ansiado destino para com que todos devemos vir de ter
Uma mente insensata a todo vapor com que se deseja parecer

Liberdade procriada como desculpa de criação
Segurança assegurada por meios de pura destruição
E todos que falam do sono
Uma desculpa aos que a vida desejam um fim de escravidão

18 de julho de 2011

Controle

Controle de relação
Estranhando dons
Escória de traição
Realizando seus sons

Fome de quase nada em contradição
Ao frio do inverno
Conformação de quase tudo
Em plena ausência de alvo paterno

Gónodas de criação
A espera de sangue materno
Entregando a luz do sol
A verde glória do posto de junho

Para os filhos do novo dia
Suas dores esperam caladas
Para a faceira vista de frente
Adistrigência sofre em sombra da estrada

16 de julho de 2011

Inanição

Desgarrada dor semelha a criação de abstinência
Formidante sentimento de ausência de consequência
Corvejante dissemia que na constante misantropia
Assemelha a todos os gostos a ausência de sintonia

Desejas, almejas, gracejas e desdenhas a carne de criação
Com falácia perdes para ti mesmo no reflexo da distração
Flamejando crias distante aspecto de seleção
E a todo momento pedes a ti mesmo um pouco tempo para avaliação

Retórica disseminada para constante forma de poder
Na impressão da triste figura vidente forma de se perder
A partir da dor do laço dos cabelos que vem ao chão no vento
Formas figuras aladas com beleza, fome e alento

6 de julho de 2011

I

Análise: para que o ser vivente tenha como a utilização da análise como forma de distinguir as coisas e fatos procedente de sua existência, o mesmo necessita de formas de percepção e de mecanismos capazes de visão "pelo lado de fora". Percepção está sujeita a variação de ser para ser, e de organismo para um outro. Com está não é possível se criar um conceito unificado e válido para com todos os seres capazes de percepção.

No dia de nascimento temos para o mundo um olhar a deveras estimulado a buscar formas de descobrimento, um olhar novo, até mesmo com olhos novos, mas estes que um dia são novos com o decorrer dos anos tem por tendencia se desgastar, se desestimular e consequentemente um estado de inanição mental.

A existência que nos cerca tem como tendencia nos levar a busca, levar a tentativa de encontro e a frustração do inencontrável. Levar-nos também a questão de utilidade que nos é condicionada desde o inicio da existência.

5 de julho de 2011

Lapsus Die

Feroz destruidor das madrugadas canta agora:
Fala para teus pais que a hora de ir pra cama já foi embora!
Fala para teus dias que estes estão começando!
Gritas a todo custo que eu falo como se estivesse cantando!

Retilíneo martírio que recebemos em caminho
Ligamos, desligamos, acendemos e sentimos
Inverossímil patrimônio você é para comigo
Lança a dança do destino e deixas de ser quem tu és!

Anéis de crianção, de laço e nó de vento
Com languidez correr ao relento
Ao som da luz que te suporta
Ao mato azul que te deixa torta
Ao santo dia do início da tua vida
Dás valor a deveras não importa

Malthusiano é o olhar que crias para a nova idade
Desnaturas, saturas e morrer com verossidade
O pêndulo desse e sobe, desse e sobe
Ele está em baixo e encima para a eternidade
Será que isso aspira felicidade?

Vozes cantam para mim, o que receio em expressar
Tentando tirar proveito do meu ser, falo ao pensar
Em constante frustração vejo o dia de auto-matar
O infindável fim de vida é a busca do ser a pensar

25 de junho de 2011

Grãos para os pombos

Grãos para os pombos
Manhã vociferante clama por um toque de tristeza
Na perante mucosidade, necessita ao menos de clareza
A espera pelo outro ser e a pior a ser encontrada

Do som dos pássaros pouco podemos concluir
A menos a constante frieza de chorar a ninguém ouvir
Ao tom acinzentado deste dia criamos nosso afã
Nunca meu bem deixe toda a esperança para o amanhã

Cintila em tua mente a dúvida da espreita
E em resolução só concluímos incerteza
Para viver nesses dias de inverno necessitamos de abrigo
Volto e morro contigo, onde o som da luz guarda destreza

6 de junho de 2011

Pêndulo

Lado amostrado declarado
Dança viva, calciforme em saída
Folharada passarada a caminhar
Juncos verdes a espera amarasmar

Traidores desfalados vão cantando
A distância do vazio extratinando
Paralisa a afluência da apatia
Disconforme vamos todos com fobia

31 de maio de 2011

Nota seguida

Olhe para os seus lados
Por que insistes em não entender?
O sangue teu pintado na parede
E que não reconheces nem em segredo

Por que não enfias logo a faca?
Na existência que nos cerca, que nos afoga
Que nos leva para o lado matinal
Dessa história longa de tarde vazia

Nesta distância exacta e toda a perante apatia
Por que não matas logo aquele que te dá vida?
Sufocas o grito que te chama
E foges do machado que te beija

Dança logo para longe onde a de ver
As sombras de um passado calado
Sentado a direita do observador
Aquele que a de ver a veemência dos fatos

Morres em todas as manhãs onde o sol se põe
E dormes como se não houvesse amanhã
Crias teu mundo demasiado alucinado
E chamas de louco aquele que te vê a auto-escapar

16 de maio de 2011

Canto ao vazio

Canto ao vazio
Quando deixo de respirar o som da luz da madrugada
Canto
Ao manto que se segue em manada

Canto ao vazio
Do novo dia que almeja em renascer
Ao santo que nasce em morrer
Aos esquecidos eu canto vagarosamente

Canto ao vazio
De toda a ferocidade do canto-assobio
A toda amargura seguida de avareza
Canto a toda cidade que demasia em esperteza

Canto ao vazio
De um povo maltratado
De sobro mal fardado
A um dia de criação
Onde vamos correr ao sol meus irmãos

Canto ao vazio
Ao canto que sucede em emudecer
Ao grito que cala em se distorcer
Ao vazio procastinado em se encher

12 de maio de 2011

Discurso do Assemelhador

Forma amante passarada
Disconforme no ar, cria linhas verdes
Cria apatia e simpatia
Não necessita de pernas pra caminhar

Para o futuro inesperado, sentido usado
Classificado como forma de pensar
Passarada não dá conta dos arautos
Realizados até mesmo em vociferar

Forma amante passarada
Cansada de alinhar
Agora canta a todos ventos
A alegria de poder nadar

Iluminada pela lua clara
Com ausência de medida
Forma amante passarada
Enfim dá valor a vida

Forma amante passarada
Porque voas para longe?
Para onde o vento é azul triste
Onde tua sombra é distante

Voas para a demasia
Da carência do teu ser
Forma amante passarada
A tua luz precisas ceder

Ceder da triste magoa
Sem razão nem triste vida
A melodia da tua história
Se restringe a uma lenta recaída

Forma amante passarada
Por que não sentes o que sinto?
Foge do teu bando, tua ninhada
A deveras desnaturada
Passarada com afinco

Forma amante passarada
Com languidez perdeste o sono
Não dormes mais tranquila
Nem anseias liberdade
Forma amante passarada
Voltas e choras em nova idade

4 de maio de 2011

Mortuário

Na distância da vida desvivida
Com relutância iria vir a perder
O compasso inconstante, triste recaída
A cessar o sopro de descrever

Demasiadas formas de retratar
Com ânsia e glória distringente
Na memória, sombras de toda uma vida
No caminho um fim é a única saída

Amarguras, glória, marasmo
Felicidade, tristeza a vir de ter
No sentido ânsiado e sentido
O significado esperado pode ser descartado

Uma chuva recebemos durante o caminho
Protelamos, procastinamos e desimportamos
Toda torrente decorrente vem a ceder
Uma gota é tudo esperado quando
Todas as luzes se apagam
Quando o fim é a única saída
A morte nos abraça com ternura

Ternura, bravura, gerando toda amargura
A dor da simples vida
Tem um remédio infiel
A ânsia nos devora
E o acaso nos torna réu

18 de abril de 2011

Torrente distingente

Nova linguagem a ser usada
Distante de criação a toda armada
Com buracos pequenos e fundos a circular
Nada com folhas negras irá passar

Constante é a forma em que iremos nos dispersar
Buscando criar a todo custo horizontes a se disfarçar
Demasiada estacionada em lugares de carência gentil
Formam sombras espelhadas pela torrente do Grande Rio

Logrando a fim-evolução, dissipamos todo incômodo
No acento junto ao fogo
Esperamos a luz brilhante a aparecer
Esperamos o fim do dia com a esfera maternal
Nasce faceira a todo custo em nosso abismo desleal

11 de abril de 2011

Reflexos de uma manhã entorpecida de devaneios

O tempo de criar a destruição começou
Fadiga de alma só aumenta o desejo de desnaturar
Retórica pobre a serviço dos mais fracos
A espera de um mundo desfocado

Astuto é aquele que deixa de viver nos dias de inverno
Onde sonhos não são mais perspectivas de vida
Onde são apenas clarões de alma
São apenas visão ofuscada de entorpecência

Vidro avermelhado não reflete exactidão
Folhas de verde-prata
A espera do distante verão
A espera dos dias de glória
A espera do ser não viver a espera de ser

10 de abril de 2011

Dia a Haver

o começo do dia
Aurora da existência matinal
Fora dos loucos padrões
Banalidades sem sentido letal

Chuva branda a espera
Exactidão resoluta
Pior é o tempo onde tudo a se esconder
E o que resta a mente são ilusionismos a fazer

De onde o cheiro acaba por sorte
Dançando em forma de morte
A melodia passageira se estinge
As luzes se apagam a minha razão

9 de abril de 2011

Topor

Toda alma flameja a espera de calor
Mas nada feito por nós pode deixar de despertar nossa dor
Tudo anseia para a carnificina humana
Mas despertar da perante dor é mais importante por agora

Anti-ficcionando só criamos motivos para sofreguidão
Antes acender até o fim agora que esperar o fogo nós consumir
Desligando todas luzes é mais fácil de sonhar
Tente deitar e deixar levar
O motivo rasante a de esperar

Agora todos dançam em alegria no inverso
Orvalho seco a espera de tristeza em vã
Adstringência controlada, suas crianças saldáveis e sãs
Matando semelhantes e queimando a carne sem culpa do pobre afã

Distintas formas de luz assomando no horizonte
Criando sombras alheias a minha forma de pensar
Matando percepção exagerada inerente a volúpia da escolha
Oh! Triste fim aquele onde crianças
Vêem o mundo azul a brilhar
Sem mais tempo de deixar levar

Dazed And Confused